terça-feira, 22 de dezembro de 2009

EMBRIAGUEM-SE


É preciso estar sempre embriagado.

Aí está: eis a única questão.

Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são;

e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão:

"É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".

Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.


(Charles Baudelaire)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sutil cura sutil


Outro dia li uma observação do astrólogo Quiroga que combina exatamente com o que eu penso a respeito da cura física, mental e emocional. Veja:

"A experiência cósmica é mais musical do que intelectual e, dado nos aproximarmos cada vez mais da participação ativa no processo de evolução universal, é bom começar a experimentar o efeito das cores e sons no corpo e na mente. Num futuro, que já não é tão distante assim, as farmácias não distribuirão drogas, com seus nocivos efeitos colaterais, mas oferecerão salas acondicionadas para que as cores e os sons realinhem a alma com o universo, produzindo assim a saúde".

No site dele (www.astrologiareal.com.br) há uma amostra do que pode ser essa futura cura através das cores e sons. Vale conferir!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Saturno em Libra

Saturno ingressou no final de outubro no signo de Libra e deve permanecer neste signo até 6 de outubro de 2012. Enquanto estiver passando por Libra, haverá um grande foco em questões de relacionamento, justiça, conciliações, acordos e parcerias.

O conselho é que nestas áreas tenhamos cuidado e atenção, pois nossas ações terão sempre um resultado concreto, ou seja, uma conseqüência. Saturno é muitas vezes associado ao Karma, exatamente porque aqui sentimos os resultados de nossas responsabilidades ou irresponsabilidades.

(extraído do boletim "Céu da Semana", de Nadia Oliveira, professora de astrologia kármica)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Jornal impresso em extinção?


Há alguns anos uma nova realidade "está no ar" e parece que veio mesmo para ficar. Em pouco tempo ninguém mais terá dúvidas que o jornal de papel é ecologicamente insustentável. A internet e os novos meios de transferência de informação ocuparão cada vez mais espaço.

"Não dá para insistir com impressos que utilizam quilos e quilos de papel e tinta para levar informação a uma ou poucas pessoas diante do avanço da comunicação digital, que pode ser acessada por milhões de pessoas. E o melhor ainda: grátis ", diz o educador ambiental e jornalista Wagner de Oliveira.

O paradigma mudou. Informações hoje fluem pelo Twitter, em sites de grandes veículos de comunicação ou em atualizados blogs. Imagens aparecem no You Tube antes de serem publicados pelos jornais. O asteroide que explodiu na Indonésia dia 8 de outubro foi fotografado por celulares e rapidamente estava na internet. A notícia na TV saiu horas depois e no jornal impresso apenas no outro dia, quando todos já estavam sabendo.

O brasileiro doutor em computação pela Universidade de Kent, Inglaterra, Sílvio Meira, assegura que o jornal impresso é um modelo de negócio insustentável, seja pelo avanço das informações em tempo real ou por questões ecológicas. " As empresas têm de criar o seu DNA de adaptabilidade", diz ele.

Concordo em gênero, número e grau. Computadores já fazem parte do cotidiano da maioria da população. Melhor, então, é aproveitar essa facilidade e evitar o desperdício de recursos naturais.

R.R.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mantra é bom!


OMMMMMMM Triambakam Yajamahe
Sugandhim Pushtivardhanam
Urvaarukamiva Bandhanam
Mrityrmukshuya Mammritaat

Dá vida longa, paz, prosperidade. Protege contra acidentes e promove a cura.

Além da Terra, além do Céu

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
Vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

Carlos Drummmond de Andrade

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"Criança feliz, feliz a cantar
Alegre a embalar seu sonho infantil...
Óh meu bom Jesus que a todos conduz
Olhai as crianças do nosso Brasil".

Eu ouvia essa canção quando criança, e jamais esqueci do antigo disco de vinil que meu pai colocava na vitrola lá de casa. Como a gente cantava! Eu, minha irmã, meus pais sempre cantamos juntos.

Preservar a criança interna é sinônimo de saúde mental. Crianças são puras, como os beija-flores, os esquilos e os cães, principalmente os filhotes. Que mal podem fazer ao mundo as crianças, os beija-flores, os esquilos e os filhotes de qualquer animal?

Não sei qual o mecanismo que existe no cérebro dos adultos que faz com que neste mundo de responsabilidades e compromissos a gente perca a inocência da criança. Às vezes até a esperança e, pior, a coragem que as crianças têm de falar a verdade, de celebrar a vida do jeito que ela é, vivendo o tempo presente, alegre a cantar seu sonho...

Sorte dos adultos que não atrapalham o florescer das crianças, porque vai chegar um momento em que cada uma terá de construir o próprio roteiro, lembrar do passado, nem sempre feliz, planejar o futuro, se proteger dos perigos do caminho.

E haja terapia para resgatar a criança perdida nos porões de cada um! Mas isso é uma história que fica para uma outra vez...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Astrologia, Uma Ciência Espiritual


Os efeitos dos corpos celestes sobre os assuntos terrestres tem sido observados e
registrados por milhares de anos. Evidencia-se que nenhum sistema de conhecimento
poderia ter sobrevivido às vicissitudes de centenas de eras se não estivesse fundamentado numa verdade demonstrável.

Os antigos estavam convencidos por incontáveis observações que os corpos celestes não apenas influenciam os assuntos do mundo, mas também que tal influência é periódica e consistente, e os elementos envolvidos podem ser representados numa Ciência Exata - a única Ciência Profética Exata que o Homem preservou.

A Astrologia não deve ser confundida com os astrólogos, assim como as leis em relação aos advogados, a medicina com os médicos, e a religião em relação aos teólogos. O homem, como intérprete das verdades universais, está limitado em suas interpretações pelas inevitáveis imperfeições de si mesmo. Em mãos competentes, a Astrologia compara-se favoravelmente com a medicina em termos de precisão. O médico não pode diagnosticar uma doença infalivelmente, da mesma forma o astrólogo não pode predizer infalivelmente. Seria inteiramente irracional rejeitar a medicina porque os médicos podem cometer erros, e é igualmente irracional exigir que os astrólogos sejam infalíveis quando nenhuma ciência pode exibir infalibilidade seja em sua teoria ou em sua prática.

Qualquer um trabalhando honestamente com a astrologia pode provar a si próprio que a Ciência Astrológica está fundamentada sobre princípios precisos e demonstráveis. Pode também provar que ela funciona, e as inconsistências ou exceções que ocorrem, somente lhe estimulam maior aprofundamento no manejo dos elementos constituintes dessa ciência.

Manly P.Hall, no boletim Céu da semana, de Nadia Oliveira, minha astróloga querida

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O velho e o novo: cada um com suas características, boas e ruins...


O que é ser velho? O jovem é "o bom"?

Há jovens que parecem velhos e velhos que se sentem jovens.No mundo da relatividade, sempre existem os dois lados da história e nestes tempos em que se vive cada vez mais, é bom deixar de lado qualquer tipo de estereótipo, preconceito ou paradigma.

Cronos,
o senhor do tempo na mitologia grega, que para os romanos era o velho (e sábio) Saturno, simbolicamente representa o crescimento, o amadurecimento e o envelhecimento. É ele quem nos ensina a responsabilidade e a seriedade, mostrando os limites e nos obrigando a aprender com as experiências e a expandir a consciência, enquanto enfrentamos as duras responsabilidades que a vida nos impõe.

Cronos, de onde derivou a palavra cronologia, ensina e depois cobra. Muitas vezes cobra caro, dependendo do nível de responsabilidade que adquirimos (ou não) diante dos aprendizados impostos pela vida. Conforme o caso, essa força do tempo pode tirar ou retribuir, mas sempre com justiça, na medida do esforço. É tudo proporcional.

É o tempo, com as experiências e aprendizados, que nos faz crescer. Crescimento muitas vezes dolorido, cansativo. Esse é o preço que se paga para adquirirmos maturidade, como a figura do eremita, que percorre um longo e solitário caminho até chegar ao ápice da sabedoria.

De outro lado há o jovem, geralmente rebelde, mais sintonizado com as energias de Urano, que deseja romper com os limites e obrigações que o velho Cronos impõe. O jovem busca o novo, o diferente, a liberdade. Quer quebrar estruturas e padrões. Nos lança em direção ao desconhecido, destemidos, contra as regras, porém sem a prudência, a paciência e o bom senso que geralmente os velhos conhecem bem.

Velho ou novo: qual é o melhor? Qual deve ser enaltecido?

Nenhum dos dois! Cada um tem seu papel e envelhecer pode ser tão bom quando crescer. O melhor é viver de forma integrada. E única.

O direito de expressão é o direito de escutar?


No século XVI, alguns teólogos da igreja católica legitimavam a conquista da América em nome do direito da comunicação. Jus communicationis: os conquistadores falavam, os índios escutavam. A guerra era inevitável justamente quando os índios se faziam de surdos. Seu direito de comunicação consistia no direito de obedecer. No fim do século XX, aquela violação da América ainda se chama encontro de culturas, enquanto continua se chamando comunicação o monólogo do poder.

Ao redor da Terra gira um anel de satélites cheios de milhões e milhões de palavras e imagens, que da terra vêm e à terra voltam. Prodigiosas engenhocas do tamanho de uma unha recebem, processam e emitem, na velocidade da luz, mensagens que há meio século exigiriam trinta toneladas de maquinaria. Milagres da tecnociência nestes tecnotempos: os mais afortunados membros da sociedade midiática podem desfrutar suas férias atendendo o telefone celular, recebendo e-mail, respondendo ao bipe, lendo faxes, transferindo as chamadas do receptor automático, fazendo compras por computador e preenchendo o ócio com os videogames e a televisão portátil.

Vôo e vertigem da tecnologia da comunicação, que parece bruxaria: à meia-noite, um computador beija a testa de Bill Gates, que de manhã desperta transformado no homem mais rico do mundo. Já está no mercado o primeiro microfone incorporado ao computador, para que se converse com ele. No ciberespaço, Cidade celestial, celebra-se o matrimônio do computador com o telefone e a televisão, convidando-se a humanidade para o batismo de seus filhos assombrosos.

A cibercomunidade nascente encontra refúgio na realidade virtual, enquanto as cidades se transformam em imensos desertos cheios de gente, onde cada qual vela por seu santo e está metido em sua própria bolha. Há quarenta anos, segundo as pesquisas, seis de cada dez norteamericanos confiavam na maioria das pessoas. Hoje a confiança murchou: só quatro de cada dez confiam nos demais. Este modelo de desenvolvimento desenvolve a desvinculação. Quanto mais se sataniza a relação com as pessoas, que podem te pegar a Aids, te tirar o emprego ou te depenar a casa, mais se sacraliza a relação com as máquinas. A indústria da comunicação, a mais dinâmica da economia mundial, vende as abracadabras que dão acesso à Nova Era da história da humanidade. Mas este mundo comunicadíssimo está se parecendo demais com um reino de sozinhos e de mudos.

Os meios dominantes de comunicação estão em poucas mãos, que são cada vez menos mãos e em regra atuam a serviço de um sistema que reduz as relações humanas ao mútuo uso e ao mútuo medo. Nos últimos tempos, a galáxia Internet abriu imprevistas e valiosas oportunidades de expressão alternativa. Pela Internet estão irradiando suas mensagens numerosas vozes que não são ecos do poder. Mas o acesso a essa nova autopista da informação é ainda um privilégio dos países desenvolvidos, onde reside noventa e cinco por cento dos usuários. E já a publicidade comercial está tentando transformar a Internet em Businessnet: esse novo espaço para a liberdade de comunicação é também um novo espaço para a liberdade de comércio. No planeta virtual não se corre o risco de encontrar alfândegas, nem governos com delírios de independência. Em meados de 1997, quando o espaço comercial da rede já superava com sobras o espaço educativo, o presidente dos EUA recomendou que todos os países do mundo mantivessem livres de impostos a venda de bens e serviços através da Internet, e desde então este é um dos assuntos que mais preocupam os representantes norteamericanos nos organismos internacionais.

O controle do ciberespaço depende das linhas telefônicas e nada é mais casual quer a onda de privatizações dos últimos anos, no mundo inteiro, tenha arrancado os telefones das mãos públicas para entregá-los aos grandes conglomerados da comunicação. Os investimentos norteamericanos em telefonia estrangeira se multiplicam muito mais do que os demais investimentos, enquanto avança a galope a concentração de capitais: até meados de 1998, oito mega-empresas dominavam o negócio telefônico nos EUA, e numa só semana se reduziram a cinco.

A televisão aberta e por cabo, a indústria cinematográfica, a imprensa de tiragem massiva, as grandes editoras de livros e de discos e as emissoras de rádio de maior alcance também avançam, com botas de sete léguas, para o monopólio. Os mass media de difusão universal puseram nas nuvens o preço da liberdade de expressão: cada vez são mais numerosos os opinados, os que têm o direito de ouvir, e cada vez são menos numerosos os opinadores, os que têm o direito de se fazer ouvir. Nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, ainda tinham ampla ressonância os meios independentes de informação e opinião e as aventuras criadoras que revelavam e alimentavam a diversidade cultural. Em1980, a absorção de muitas empresas médias e pequenas já deixara maior parte do mercado planetário na posse de cinqüenta empresas. Desde então a independência e a diversidade se tornaram mais raras do que cachorro verde.

Segundo o produtor Jerry Isenberg, o extermínio da criação independente na televisão norteamericana foi fulminante nos últimos vinte anos: as empresas independentes proporcionavam entre trinta e cinqüenta por cento do que se via na telinha e agora chegam a apenas dez por cento.

Também são reveladores os números da publicidade no mundo: atualmente, metade de todo o dinheiro que o planeta gasta em publicidade vai parar no bolso de apenas dez conglomerados, que açambarcaram produção e a distribuição de tudo o que se relaciona com imagem, palavra e música.

Nos últimos cinco anos, duplicaram seu mercado internacional as principais empresas norteamericanas de comunicação: General Electric, Disney/ABC, Time Warner/CNN, Viacom, Tele-Communications INC. (TCI) e a recém chegada Microsoft, a empresa de Bil Gates, que reina no mercado equivalente e televisual. Estes gigantes exercem um poder oligopólico, que em escala planetária é compartilhado pelo império Murdoch, pela empresa japonesa Sony, pela alemã Berteslmann e uma que outra mais. Juntas, teceram uma teia universal. Seus interesses se entrecruzam, atadas que estão por numerosos fios. Ainda que esses mastodontes da comunicação simulem competir e às vezes até se enfrentam e se insultem para satisfazer a platéia, na hora da verdade o espetáculo cessa e, tranquilamente, eles repartem o planeta.

Por obra e graça da boa sorte cibernética, Bill Gates amealhou uma rápida fortuna equivalente a todo o orçamento anual do estado argentino. Em meados de 1998, o governo dos EUA entrou com uma ação contra a Microsoft, acusada de impor seus produtos através de métodos monopolistas que esmagavam seus competidos. Tempos antes, o governo federal entrara com um processo similar contra a IBM: ao cabo de treze anos de marchas e contramarchas, o assunto deu em nada. Pouco podem as leis jurídicas contra as leis econômicas: a economia capitalista gera concentração de poder como o inverno gera o frio. Não é provável que as leis anti-trust, que outrora ameaçavam os reis do petróleo, possa pôr em perigo a trama planetária que está tornando possível o mais perigoso dos despotismos: o que atua sobre o coração e a consciência da humanidade inteira.

A diversidade tecnológica quer significar diversidade democrática. A tecnologia põe a imagem, a palavra e a música ao alcance de todos, como nunca antes ocorrera na história humana, mas essa maravilha pode se transformar num logro para incautos se o monopólio privado acabar impondo a ditadura da imagem única, da palavra única e da música única. Ressalvadas as exceções, que afortunadamente existem e não são poucas, essa pluralidade tende, em regra, a nos oferecer milhares de possibilidades de escolher entre o mesmo e o mesmo. Como diz o jornalista argentino Ezequiel Fernández-Moore, a propósito da informação: “Estamos informados de tudo, mas não sabemos de nada”.

* Eduardo Galeano, escritor uruguaio, autor do livro "As veias abertas da América Latina".

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Primavera


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, - e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, - e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento - por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade.
Saudemos a primavera, dona da vida - e efêmera.

Cecília Meireles

Eterna florista


"Nos climas ásperos, a árvore que o inverno despiu é novamente enfolhada pela primavera, essa eterna florista que aprendeu não sei onde e não esquece o que lhe ensinaram."

Machado de Assis

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Comunicação virtual

Comunicar num contexto virtual é uma missão que exige um cuidado especial com a linguagem e com a estética. É necessário atrair visualmente o leitor e simplificar de tal modo a linguagem que esse conjunto -- texto e imagem -- seja capaz de exercer atração em meio aos vários estímulos do cotidiano e assim haja interesse em continuar "folheando" cada página na tela do computador. Sinal dos tempos!!! Tempos que exigem menos desperdício e cada vez mais consciência quanto à sustentabilidade do meio ambiente, ou seja, economia de recursos (especialmente se esses recursos significam árvores...).

Comunicar sempre é diferente de informar. A comunicação tem "algo mais", porque não é a simples transmissão de um fato, notícia ou idéia. Comunicar pressupõe certa sintonia com o interlocutor, um tipo de empatia, de se colocar no lugar do outro para que ele compreenda a mensagem e assimile os conceitos transmitidos.

A comunicação eficaz traz em si consideração pelo "receptor", seja ele leitor, ouvinte ou expectador, porque pressupõe que é necessário muito respeito para conquistar espaço e também ser respeitado em meio a essa verdadeira enxurrada de fatos com os quais convivemos. Selecionar o que é mais importante, sintetizar as informações, traduzir termos técnicos e tornar a linguagem acessível e interessante são ingredientes para uma comunicação eficaz.

Nestes tempos virtuais, muitas empresas estão optando por jornais eletrônicos, até porque é crescente o número de pessoas acostumadas com a linguagem dos computadores. Seja impressa ou eletrônica, no entanto, a missão de comunicar não pode abrir mão de valores como ética e compromisso com a verdade. Sem esses atributos não se pode transmitir nada que seja digno de confiança.

A importância da mente na cura do corpo


"Por pior que se apresente o seu estado ou por mais deficiente que você seja, há em seu interior uma força poderosa que pode sempre curá-lo ou pelo menos melhorar sua situação. Por mais isolado que você se sinta, o seu ser superior está sempre por perto, disposto a ser seu melhor amigo. Sabendo disso, não precisamos sentir-nos isolados, medrosos ou desamparados. Nosso poder de cura existe em cada músculo do corpo, em cada célula do cérebro, em cada fibra nervosa, em cada vaso sanguíneo.
Nascemos com o poder de curar-nos e só precisamos redescobri-lo. Encontrar esse poder é como abrir um armário e achar aquilo que estávamos procurando em toda parte. Estivera o tempo todo ali, mas não o tínhamos percebido. Buscamos em toda parte a cura das nossas doenças, sem compreender que uma força dentro de nós possui a infinita capacidade de curar o corpo. A moléstia só existe quando ignoramos esse poder curador.

Ao contrário da concepção da doença como algo ruim, descobrimos que ela também tem o seu lado positivo. É um indicador do estado da pessoa e seus sintomas são uma clara indicação do uso que ela faz do corpo. A cura verdadeira exige conscientização e hábitos saudáveis. Toda pessoa que padece de uma moléstia precisa descobrir o modo de chegar à causa. Sempre há uma razão para seus problemas, uma causa para seus sintomas e um modo de resolvê-los".

Meir Schneider, no livro Uma Lição de Vida, que estou lendo e recomendo para todos os cabeças duras que esquecem do poder latente que tudo cura!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Priorizar o autoconhecimento

Lama Gangchen Rinpoche nos aconselha a dedicar 50% do tempo de nossa vida para nosso desenvolvimento material, isto é, para o mundo externo, e 50% para o desenvolvimento espiritual - o autoconhecimento e o cultivo de nosso potencial interior. Ele ressalta que o ideal seria dedicarmos 100% para o espiritual, mas, devido às condições atuais de sobrevivência material, já tão difíceis, é um grande passo saber reconhecer e unir estes dois lados.

Rinpoche nos ensina que o segredo está em deixar de ver estes dois desenvolvimentos como processos distintos entre si. Afinal, mesmo que envolvam práticas diferentes, um influencia o outro. Ao ouvi-lo neste dia, refleti como as demandas externas prevalecem facilmente sobre as internas.

Ao priorizar o mundo externo em detrimento do interno, atropelamos nossas necessidades internas, pois sem tempo de nos interiorizarmos, deixamos de ver com clareza como e por que agimos numa determinada situação. Desta forma, nossas ações serão sempre reações, e, portanto, não serão escolhas. Aliás, se elas forem baseadas no medo, correrão mais risco de serem errôneas!

Por que será tão difícil priorizar o processo de interiorização? Por que temos a tendência a fazer um esforço extra para entrar em contato conosco mesmos?

Creio que, além do forte fato de não termos aprendido como fazê-lo, a introversão é vista por nossa sociedade como um sinal de isolamento e reclusão. Ela constantemente nos convoca a nos movermos em vez de de parar e nos observarmos. Dedicar-se ao autoconhecimento parece tão difícil quanto nadar contra a corrente!

É muito bom nos conhecermos. Eu diria mais, é um alívio! Conhecer-se não quer dizer ter uma atitude narcisista, isto é, dar uma maior importância a si mesmo, deixando de ser empático com os outros. Conhecer-se significa tornar-se responsável por suas próprias atitudes e direção de vida.

Tal percepção de nós mesmos é um processo constante, afinal, estamos sempre em transformação. Mas, como se conhecer?

Aqui vai uma dica: eleja um tema, algo sobre si mesmo que você percebe que precisa entender melhor. Os desafios diários são intermináveis. O autoconhecimento não pode diminuí-los. Nenhuma filosofia de vida é capaz de detê-los. Mas se não aprendermos a surfar nas ondas do medo estaremos sempre nos afogando. Creio que a forma de manter a cabeça fora d'água pode ser um ótimo tema!

Bel Cesar - terapeuta, dedica-se ao atendimento de pacientes que enfrentam o processo da morte. Autora dos livros Viagem Interior ao Tibete, Morrer não se improvisa, O livro das Emoções e Mania de sofrer (Ed. Gaia).

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ética

A ética do jornalista é a mesma do carpinteiro: fazer bem feito, no prazo estabelecido; não mentir sobre o material empregado.

Claudio Abramo

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Hare Krishna!

"Aquele que Me vê em tudo e vê todo o Universo em Mim, dele Eu nunca estarei separado, nem ele nunca estará separado de Mim. Este iogue para sempre estará ligado a Mim porque, ancorado na unidade divina, seja qual for o seu modo de vida exterior neste mundo, sabe que Eu permeio tudo o que existe.
Óh Arjuna, o mais perfeito dos iogues é aquele que sente pelos outros, seja na tristeza ou no prazer, do mesmo modo como sentiria por si mesmo".

Bhagavan Krishna, no Bhagavad-Gita
Dia 15, a Self Realization Fellowship realizará a homenagem das flores, em comemoração a Lord Krishna.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Pérolas Divinas, esses cancerianos!



"A ti Câncer, atribuo a tarefa de ensinar aos homens a emoção. Minha idéia é que provoques neles risos e lágrimas, e a plenitude dos sentimentos. Para isso Eu te dou o Dom da Família, para que tua plenitude possa se multiplicar.”

(Martin Shulman)

Empatia, sensibilidade, proteção, amabilidade. Possessividade, apego ao passado, instabilidade.
O signo de câncer representa a interiorização de emoções e sentimentos. Com ele podemos apender a ser mais sensíveis, poéticos e comprometidos. É o primeiro signo do elemento água. Simboliza o mergulho no lado mais psíquico e interno do ser humano.
No elemento água tocamos a alma, todas as sensações são fortemente presentes, não mais o impulso animado do elemento Fogo, a praticidade do elemento Terra ou a racionalidade do Ar. Este signo regido pela Lua vive flutuações de humor, suas opiniões variam conforme a mudança da maré. Outros assuntos vinculados ao Caranguejo são: família, passado e memória, que auxiliam na criação de bases sólidas para se estruturar. Seus relacionamentos afetivos e sociais carregam sempre esta marca de compromisso e responsabilidade.

Câncer está vinculado à idéia de nutrir e cuidar. Busca conforto e segurança dentro de estruturas já conhecidas. Normalmente evita confrontos diretos e agressivos, preferindo uma atitude recolhida e defensiva. Os ambientes íntimos e aconchegantes os deixam mais tranquilos, afinal sentem-se abrigados dentro de si, na sua própria concha.

Tímidos, se preocupam com o futuro, mas têm sempre com um pé no passado. São românticos, doces e carinhosos. Estão sempre prontos a proteger aqueles que lhe são queridos. Por conta de sua natureza protetora é o signo associado à maternidade, ao aconchego familiar.

(Essas informações estão no Boletim "Céu da Semana" editado pela astróloga kármica, Nádia Oliveira, que me inspirou a dar mais alguns passos no caminho do auto-conhecimento. Valeu, Nádia).

Alguns cancerianos famosos: o poeta chileno Pablo Neruda, os músicos Raul Seixas e Gilberto Gil, a pintora mexicana Frida Kahlo e os apaixonantes Dalai Lama e ... Guto Romero Colombo, meu neto lindo que nasceu dia 23 de junho de 2009, ascendente gêmeos, lua em câncer. Olha só a foto!

Existe tempo para tudo!

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar, tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

Eclesiastes 3:1-8"

OOOMMM... para mente e corpo saudáveis

"Você sabe o que é um mantra e qual a sua importância? O mantra é uma vibração sonora que proporcionam paz e quietude mental. Man, em sânscrito (língua falada na Índia antiga) quer dizer mente, e Tra quer dizer liberação. Portanto, mantra é liberação da mente. O mantra OM por exemplo, é o mais conhecido. remete ao "Verbo Universal", AUM ou Amén e nos "religa" ao som primordial da criação, o silêncio cósmico infinito.

O mantra exerce um efeito poderoso no corpo e na mente. O som relaxa o corpo e nos liga a energias superiores, pois a vibração dessas determinadas palavras que compõem o mantra provoca a limpeza das energias, conectando nossa mente e emoção aos planos superiores de consciência.

No nível mental, o mantra vibra o centro da cabeça, a glândula pituitária. Introduz, através de suas ondas vibratórias, partículas atômicas mais delicadas, expulsando as mais grosseiras. Por isso, a prática de entoar mantras harmoniza o corpo emocional, movimenta os chacras frontal e cardíaco, transforma emoções e desejos, desloca o sentimento do plano emocional para o intuitivo, limpa e purifica o Antakarana, canal de ligação da personalidade com a alma e provoca um alinhamento entre os dois.

No plano físico, seu uso estimula o corpo etérico, criando uma concha que serve de proteção e elimina forças negativas do ambiente.

Veja mais em http://esoterico.terra.com.br/vidainterior/interna/0,,OI1042484-EI5928,00.html

sexta-feira, 26 de junho de 2009

IG 26/06/2009 - - Luis Nassif

"De tudo o que li até agora sobre Michael Jackson, a parte mais chocante foi a revelação de seu amigo, o mágico Uri Geller, sobre as razões para as sucessivas cirurgias e tratamento de embranquecimento de pele que deformaram o astro:

- Eu não queria parecer com o meu pai!

Meu Deus! Cada vez que vejo crianças inseguras nas relações familiares, crianças afetivamente carentes, mais que isso, crianças de rua, penso como são frágeis, como o que acontece nesse período as marcará pelo resto da existência, como são fortes e decisivas as presenças paterna e materna, para o bem e para o mal".

Comentários da Rô
Nossa, que forte essa reflexão do Nassif.

Realmente, embora o escritor José Angelo Gaiarsa diga que o mal da humanidade são as mães, acho que os maiores estragos egóicos são provocados pela figura paterna.

A somatória dos egos masculinos, refletida em guerras, torturas, homicídios, etc... é responsável pelas maiores atrocidades físicas, mentais e emocionais deste planeta. Imagine se fôssemos analisar as sequelas psicológicas de pais que projetam as próprias neuras nos filhotes...

Abaixo a violência. Crianças precisam de amor (adultos também!) Sorry, homens, mas a sensibilidade feminina é fundamental!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O último vôo

Um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4000 metros de água congelante naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez nem houve a chance de se dar conta disso. Fim.

Tudo o que ia pela sua cabeça desapare-ce do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, as preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Seus sonhos de trocar de casa, a torcida para que seu time faça uma boa temporada. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo...
Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.

Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.

Autor desconhecido, palavras comuns a todos nós.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Oração Celta

Que esses escritos levem amor ao teu coração
Que tudo que é trevas se afaste de ti
Que tu te encantes com o presente da vida
Que tua alma seja curada na luz
Que teus pensamentos sejam justos
Que tuas mãos sejam curadoras
Que teu trabalho te dignifique
Que tu sejas querido na prece dos outros
Que teu olhar revele o brilho do Eterno
Que tenhas consciência da Sagrada Presença
Que vejas algo lindo, mesmo num dia cinzent
Que teu coração seja generoso, como o Sol
Que teus passos sejam honrados
Que a perda de alguém querido não te seja um fardo
Que os reveses de tua vida sejam lições de sabedoria
Que tu aprecies muitas canções, e te encantes com elas
Que tu não tenhas medo de amar
Que tuas emoções não te sejam um peso
Que tu honres aos teus pais e teus ancestrais
Que sejas um bom exemplo de vida para teus filhos
Que atravesses a vida com assombro e admiração
Que a chuva lave tuas mágoas e te renove o viver
Que teus lábios estejam sempre fechados para lamúrias
Que saibas perdoar aos outros e a ti mesmo.
Que tenhas sabedoria para corrigir teus erros
Que não vejas a cor da pele dos homens, mas a luz neles
Que o mal não faça morada em teu coração
Que estejas sempre num círculo de luz!

Primitivos, nós?

Outro dia li um artigo em que a ativista ambiental indiana, Vandana Shiva chamou atenção sobre o valor da biodiversidade concentrada na Amazônia e a importância da defesa daquela área. Ela também disse que os índios têm muito a nos ensinar nesse sentido...

Pois é, já estamos diante do futuro que tanto temíamos e que foi previsto por muitos estudiosos considerados "fatalistas". Devido ao descuido e ao pensamento imediatista de algumas gerações, nossa terra está doente e a tendência é que os habitantes deste planeta (humanos, fauna e flora) também adoeçam. Automóveis e indústrias poluem o ambiente, o desmatamento gera mais poluição e já existe em volta da Terra uma espécie de "vidro", embaçado pelo calor, que impede a correta circulação do ar e causa uma série de desequilíbrios no clima. Nem vamos entrar em outros detalhes, como a destruição da Mata Atlântica (só restam 7%), o desperdício de alimentos, o lixo que muitos jogam nas praias e nas ruas, o uso excessivo de plásticos e outros derivados de petróleo, a pouca consciência sobre a necessidade de reciclagem, etc, etc...

Shiva reafirma que a Amazônia é o maior depósito de biodiversidade do mundo, a contribuição mais importante para a estabilidade climática e hidrogeológica que restou na Terra, ou seja, uma riqueza incalculável de plantas, bichos, água e ar puro. "A destruição que está ocorrendo e a luta dos índios contra as empresas que querem madeira e matérias-primas é uma questão global, e como tal deve ser tratada", diz. Ela afirma (e nós também) que os governos deveriam esquecer a palavra lucro quando se fala sobre a Amazônia. Todos os investimentos deveriam ser dirigidos para garantir a sobrevivência e proteção daquelas matas.

Na próxima reunião do G8, que engloba os países mais ricos do mundo, a proteção do meio ambiente e as mudanças climáticas serão os pontos principais dos debates. Até porque o atual modelo de desenvolvimento, que destrói tudo e só visa o lucro, já mostrou que não funciona. Mas será que os mais poderosos estão mesmo preocupados com isso?

Nós, consumidores, temos que fazer pressão contra qualquer tipo de negócios suspeitos, que visem lucro sem preocupação com a saúde da Terra e de toda espécie de habitantes. Nesse sentido, os índios têm muito a nos ensinar, não só quanto a mantermos uma relação equilibrada com a Terra, mas também quanto a um sistema de vida baseado na harmonia e não na exploração. Mais uma vez concordamos com a visão da indiana: "certamente os índios não são primitivos. Primitivos me parecem ser antes os que querem caçá-los".

domingo, 7 de junho de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Saturno é o Cronos grego, senhor do TEMPO.
Registra o tempo que temos para,
pacientemente,
dominarmos a rebeldia de nossa alma
tantas vezes imatura...

Os Jetsons sabiam...

A comunicação digital já faz parte do nosso cotidiano e previsões garantem que daqui a dez anos não teremos mais jornais impressos. Mas como fazer uma comunicação correta e honesta para divulgar em "mídias" como celulares, internet, e-mails e sabe Deus o que mais vem por aí...

O jornalista Caio Túlio Costa, presidente do IG, diz que ainda não temos a real noção do poder desses novos meios de comunicação. O vídeo das cenas de amor no mar de Daniela Ciccarelli, por exemplo, percorreu os computadores da Europa, Ásia e Estados Unidos. Também foi pelo "boca a boca" virtual que os americanos doaram metade dos 700 milhões de dólares gastos na campanha de Barack Obama. E quem se lembra da ordem para atacar as bases policiais, em São Paulo, em 2006? Tudo pelo celular! Foi uma mensagem desse tipo, que reuniu milhares de pessoas vestidas de preto, na rua Edsa, em Manila, Filipinas, para protestar contra a corrupção no governo, em 2001. A mensagem: "go to Edsa, wear black".

Nada existe se não for divulgado e quem conduz o processo social hoje é a mídia. Nestes tempos pós-modernos todos podem produzir notícias -- recebemos o impacto de múltiplas mídias. Os 30 maiores jornais do País atingem 14 milhões de pessoas. As 26 revistas semanais, com 3,6 milhões de exemplares pagos, alcançam de 10 a 15 milhões de leitores. Enquanto isso, os fatos trafegam pelos chips e se propagam em alta velocidade, a um custo até cinco vezes menor, circulando entre 65 milhões de internautas.

"Hoje qualquer pessoa pode produzir informação e colocar na rede, mesmo sem preocupações com a ética e a imparcialidade. Muitas vezes se cometem verdadeiros assassinatos de reputação É um meio revolucionário, assimétrico, incontrolável", diz Caio. Não podemos mais olhar o mundo com a antiga educação de "controle". Caminhamos para uma comunicação "pervasiva", de interação permanente homem-máquina, acontecendo a todo momento, em todo lugar, para todas as pessoas. A obrigação dos homens de bem é ser rápido na produção de conteúdos, sem perder a exatidão e a credibilidade.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Alimentos orgânicos: vale investir

Num planeta que corre riscos em razão dos maus tratos promovidos pelos habitantes humanos, os cuidados para um consumo mais consciente são cada vez maiores. "Desta vez, ou elaboramos uma alternativa, um novo paradigma civilizatório, com outro modo de produção, respeitador dos ritmos da natureza e um novo padrão de consumo solidário e frugal ou teremos que aceitar o risco do desaparecimento de nossa espécie e de uma grave lesão da biosfera. "A Terra pode continuar sem nós. Nós não podemos viver sem a Terra", disse recentemente o teólogo Leonardo Boff.

O negócio é sério. O calor aumenta, as geleiras derretem, as águas dos oceanos sobem, a chuva desaba sobre o mundo, o ar poluído adoece as pessoas, a seca acaba com as plantações, os alimentos estão contaminados por agrotóxicos potentes, a indústria farmacêutica lucra com medicamentos... O efeito colateral disso tudo é um desequilíbrio em larga escala, físico, mental, emocional, planetário. Esta "casa" está precisando de cuidados urgentes e nós, tidos como racionais, precisamos acordar para essa triste realidade e transformar velhos padrões destrutivos.

Comecemos com algo bem simples: a alimentação. A maioria das feiras livres e supermercados já oferece produtos orgânicos, cultivados à moda antiga, sem o uso de fortes doses de fertilizantes e outras químicas que favorecem o crescimento e a expulsão das pragas, mas contaminam o solo, a água e a nossa saúde. Para quem mora na cidade de São Paulo, o Parque da Água Branca tem uma feira especializada em alimentos naturais, todo sábado de manhã. E ainda oferece um super café, só com delícias saudáveis.

Verduras e frutas orgânicas fazem bem, não poluem nosso sangue e ajudam a terra a ficar mais forte para as próximas semeaduras. Reclama-se que custam mais caro do que os produzidos quimicamente, mas, por outro lado, os alimentos mais puros fortalecem nossas defesas, evitando problemas com a saúde e gastos com remédios e tratamentos.

Vale experimentar e perceber os efeitos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

TRABALHO: Tortura ou prazer?

Dia das mães, dos pais, das crianças, da sogra, da avó. Dia do trabalho. Todas as datas anteriores não teriam sentido se não houvesse a renda paga ao trabalhador, que alimenta o comércio,
sempre sedento de novas datas para faturar. A maioria da população, no entanto, não conhece a etimologia da palavra "trabalho", mas todos achariam natural se soubessem que ela está ligada a uma forma antiga de tortura.
O termo vem do latim tripalium, instrumento romano formado por três estacas cravadas no chão, onde eram torturados os escravos. Daí derivou-se o verbo tripaliare, que significava torturar alguém no tripalium. Pouco a pouco esse instrumento cedeu lugar aos terríveis dispositivos inventados pela Inquisição.
Vão-se os objetos, ficam as palavras: no século 12 o termo ingressou nas línguas românicas: trabalho (Portugal), travail (França), trabajo (Espanha), travaglio (Itália, para se referir ao trabalho de parto). E em todas essas línguas o significado abstrato era de "tormento, agonia, sofrimento".
A partir do Renascimento, o vocábulo adquiriu também o atual sentido de atividade, exercício profissional. No entanto, apesar das comemorações internacionais, como o Dia do Trabalho,
ou da famosa frase " o trabalho dignifica o homem", o termo jamais perdeu a primitiva ligação com dor e sofrimento.
Mesmo com toda essa visão fortemente arraigada no inconsciente coletivo, mesmo com as associações sombrias e pejorativas ligadas ao trabalho ao longo dos séculos, é possível darmos outro sentido quando tomamos consciência de que podemos trabalhar com prazer.
Mude seu "pré-conceito" em relação ao trabalho.
Trabalhar não precisa ser algo chato, difícil, cansativo. Pode ser, sim divertido, criativo e transformador!

terça-feira, 28 de abril de 2009

A paz começa no coração

Hoje, coloque a intenção da paz nos seus pensamentos. Passe alguns momentos em silêncio e repita esta antiga prece:

"Que eu seja amado, que eu seja feliz, que eu seja pacífico.
Que os meus amigos sejam felizes, amados e pacíficos.
Que os meus inimigos sejam felizes, amados e pacíficos.
Que todos os seres sejam felizes, amados e pacíficos.
Que o mundo inteiro vivencie esses valores".

Se em qualquer momento do dia você se vir dominado pelo medo ou pela raiva, repita essas intenções. Use a prece para retornar ao seu centro.

A paz é o caminho! (Deepak Chopra)
Seja a paz que você quer no mundo! (Gandhi)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Rosana nas alturas

Quando ela chega encanta. Ela é o que Paulo Coelho deveria ser: talentosa.
Ah, quem dera fosse ela um Paulo Coelho de saia para "vender" o que sabe do esoterismo? Estaria mais milionária do que aquele vendedor de ilusões, camelô de ventos. Mas não, nossa madame prefere viver entre os mortais. Toca esta vida telúrica e não se acha uma maga, uma fada.
A sua sabedoria está acima de bens materiais, mas para sobreviver bem trabalha sério. Lembra-me Fernando Pessoa, que disse certa vez: "Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo. Com todo o direito a sê-lo, ouviram?"

Ouvimos, Rosaninha. Sempre lhe escutamos, mesmo quando você não está falando, pois o seu semblante é um mágico que entrega tudo. Mas bom mesmo é auscultar seu coração, pois sabemos que dele só saem coisas boas. Você, que vive atarraxada na cadeira, engana a muita gente, menos nós. Quem te conhece, sabe que mesmo impossibilitada de viajar de um lugar ao outro, você tem a capacidade de voar. E sabe que suas asas invisíveis a levam a muitos lugares.
Povoados que nós, terrenos, alienados, somos incapazes de visitar.

"Dizem que sou louco por pensar assim. / Se eu sou muito louco por eu ser feliz / Mas louco é quem me diz / E não é feliz, não é feliz (...)Se eles têm três carros, eu posso voar / Se eles rezam muito, eu já estou no ar". Os Mutantes (olha só o nome), acho que fizeram esta música para você, Rosanita. O Pessoa também escreveu aquela coisa técnica pensando em você. Não, foi Shakespeare (iiii, este negócio tá ficando muito erudito) quem disse que "Entre o céu e a terra existe muito mais coisas que sua vã filosofia desconfia"? Pois é, eles se inspiraram em malucas belezas como você para explicar aquilo que só nós, materialistas, pés no chão, não entendemos.

Você é que está certa, Rô. Eles passarão e você passarinho (oi, Quintana). Este nosso amigo entre parênteses também afirmou algo mais para você, no que chamou de Operação Alma: "Há os que fazem materializações.... / Grande coisa! Eu faço desmaterializações / Subjetivações de objetos / Inclusive sorrisos / Como aquele que tu me deste / num dia com o mais puro azul.

Parabéns, Rô, por mais um dia que completou um ciclo de sua saga para nos fazer pessoas menos materialistas. Você pra nós é o sol de uma noite sem fim. As cartas claras de tarô definem o nosso destino lido pela cigana que nós sonhamos. E a cigana era você.

Anamiria, Circe, Gerson, KK, Laura, Lídia, Luciana, Rita, Rosa, René, Virginia, Washington, Wellington, Wilson

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Estatuto do Homem (Ato Institucional Permanente)

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade,
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor,
Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais
comprar o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante,
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre o coração do homem.

Thiago de Mello
Santiago do Chile, abril de 1964

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Poema do meu amigo

Vou contar aqui uma história bem legal

Era uma vez uma moça, toda transcendental

Vivia feliz, esotérica, mesmo na poluição

Mas uma "fumaça" enevoou seu coração...


Ela disseminava um sorriso sempre aberto

Mostrava que 2 e 2 são cinco, isto que é certo

Mas nossa fada cheia de alegria e energia

Sentia algo no coração que a compungia


Era algo que minava suas forças, sua alegria

Mal sabia nossa heroína o mal que a afligia

Como uma bateria nunca perecível

Mantinha o sorriso, nosso combustível


E assim entristecia por dentro nossa heroína

Com uma alegria visível, que era sua sina

Mas não há mal que sempre permaneça

Nem bem que nunca pereça


Um dia nossa amiga entrou em quarentena

Tirou a fumaça da sua vida, tirou de cena

E como Deus escreve certo, mas torto

Lá foi nossa fada morar no fundo do horto


Vive hoje toda feliz, toda presepeira

Lá no alto, no Alto da Cantareira

Amiga dos macacos e do mato

Ama o verde e ama no regato


Esta nossa linda heroína

Mostra que sua sintonia é fina

Deu exemplo para quem anda pra baixo

É só levantar a cabeça e esfriá-la no riacho


Esta nossa amiga fez aniversário

Dia 21, dia feliz no calendário

Mas o grande presente ela já se deu

Foi morar com a natureza, o que não se perdeu


O que está em cima é igual o que está embaixo

Adota esse ditado, muito bom, eu acho

Isso não esquece, guardou em registro

Tirou de um guru, um tal de Trismegistus


Mora hoje no fundo da floresta

Mas abre para a gente a sua fresta

Não me leve mal, a fresta da felicidade

Prega o bem, prega a igualdade


Esta é a nossa querida maga

Rosana Feliz da vida, isso que é bacana

Feliz aniversário, ó nossa Deusa do bem

Abra seus braços para seus discípulos, amém!


Washington Araújo, jornalista, membro da Comissão Técnica Nacional de Comunicação da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Pare e reflita!

"Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições.
Cuide agora da forma. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim tentar fazer o outro feliz (ou melhor, permita-lhe ser feliz com vc...)". Artur da Távola

De olho nas estrelas










A astróloga Nádia Oliveira, pisciana que me ensinou a interpretar os símbolos kármicos na mandala astrológica, tem um publicação eletrônica que eu adoro. Chama-se Céu da Semana, onde ela analisa os principais aspectos planetários e sempre nos remete a algum mito ou personagem da literatura que ilustra os sinais emitidos pelo céu.

Nestes dias de abril, Nádia nos alerta sobre o excelente aspecto que começa a se formar do Sol em Áries com a conjunção Netuno-Júpiter e que estará exata em maio. "Bom momento para implementar as decisões que estejam bem ponderadas e maduras. Decisões e palavras tendem a ser mais definitivas, por isso é bom usar de prudência no que se afirma ou decide". Netuno e Jupiter estão relacionados com inspiração e imaginação, que podem ser facilmente utilizadas na arte, filosofia e espiritualidade. De maneira geral, lembra a astróloga, emergem criações, fantasias, ilusões, sensibilidade, sonhos, idealismo e compaixão.

Como há tensão entre Vênus e Plutão, ela aconselha a ter muita sabedoria nas situações que envolvam perdas, apegos e ciúmes. "Não é o melhor momento para se envolver em conflitos causados por poder e controle. Tudo se tornará passional demais", diz a astróloga.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sapos e Multidões



Era uma vez um grupo de sapos que organizou uma competição.O objetivo era alcançar o topo de uma torre muito alta. A multidão se juntou em volta da torre para ver a corrida e animar os competidores... A corrida começou... Ninguém realmente acreditava que sapinhos tão pequenos pudessem chegar ao topo da torre. Eles diziam coisas como:
"É dificil DEMAIS!!
Eles NUNCA vão chegar ao topo.'
Eles não tem nenhuma chance de sucesso. A torre é muito alta!"

Os sapinhos começaram a cair. Um por um... Só alguns poucos continuaram a subir mais e mais alto... A multidão continuava a gritar:
"É muito difícil!!! Ninguém vai conseguir! Desistam!"

Outros se cansaram e desistiram... Mas somente um continuou a subir e subir... Ele não desistia! No final, todos tinham desistido, com exceção daquele que foi o único a atingir o topo! A curiosidade era grande. Um dos sapos perdedores questionou como o campeão conseguiu forças para atingir o objetivo? E sabe qual o segredo??? O sapo campeão era SURDO!!!!

Moral: Nunca dê ouvidos a pessoas com tendências negativas ou pessimistas, porque elas acabam com seus sonhos.

Praticar o perdão

A cada dia o sol e os planetas que giram em torno dele caminham pelo céu... Agora, por exemplo, o Sol e Vênus passam pela constelação de Áries; Mercúrio está em Touro, Júpiter e Netuno em Aquário, Urano em Peixes, Plutão em Capricórnio.

Alguns são rapidinhos e logo seguem a estrada estelar, para fazer contato com outros planetas. Mas há uns mais lentos, que passam anos e anos trocando energia com a mesma constelação... Tudo isso mexe com a gente, mas muitas vezes não percebemos as forças do céu que atuam na Terra.

Com tanta beleza e mistério, só nos resta reverenciar, perdoar, amar e agradecer. Esse texto em inglês é do Ho'oponopono, uma filosofia curadora, que pratico e já apresentei a você: "Sinto muito, por favor me perdoe, eu te amo e te agradeço". Experimente!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pontos e Vírgulas



Nesta semana comecei a ler o livro "O Vendedor de Sonhos", do psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury, e algumas abordagens me chamaram a atenção. A história fala sobre um professor universitário, aqueles típicos intelectuais, téorico das soluções para o mundo, que se vê cansado dos debates acadêmicos, percebe que sua vida não tem a menor graça e, desgostoso, sobe no alto de um prédio com a intenção de se matar. Ninguém consegue convencê-lo a mudar de idéia, até que um maltrapilho, um homem que não tem títulos nem posses, consegue provocar reflexões tão profundas no acadêmico, que ele desiste do suicídio e se contagia pela euforia despretensiosa do mendigo.

Num dos diálogos, ainda no alto do edifício, à beira da morte, o intelectual fala para o "ignorante": "Tentei estimular meus alunos a pensar, mas formei repetidores de informações. Tentei contribuir para a sociedade, mas percebi que eu mesmo era uma ilha de soberba. Se conseguir vender um pouco de sonhos para algumas pessoas, tal qual esse misterioso homem me vendeu, minha vida terá mais sentido do que teve até aqui".

Para os padrões da chamada "normalidade", poetas e filósofos estão sempre no limiar entre sanidade e loucura. Mas, pensando bem, para onde os paradigmas de todos os tempos nos levaram? Para uma sociedade doentia, destrutiva, utilitarista, anti-ética, que busca conquistar o espaço sideral mas não resolveu conflitos básicos de relacionamento, que pode ir até Marte e Vênus, mas vive distante dos filhos e amigos mais próximoas. Valoriza a superficialidade e a vaidade, olhando com desdém valores verdadeiros e espontâneos.

Nossa sociedade faz pose, mas quando olha no espelho não consegue encontrar motivos para se orgulhar, de fato. Há uma música do Gonzaguinha que fala da beleza de ser um eterno aprendiz. Ler e refletir faz bem à alma daqueles que não se esquecem da simplicidade e da poesia da vida...

Você já deduziu que o homem não se matou (desculpe contar esse detalhe do livro, mas está logo no começo), e teve que rever conceitos, teorias e pseudo-conhecimentos. Como disse o vendedor de sonhos, "para os que pensam em pontos finais, minha sugestão são as vírgulas, apenas vírgulas"...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ho ' oponopono


Começou, dia 20 de março, uma nova estação e um novo ciclo zodiacal. O equinócio de outono (hemisfério sul) marca a entrada do signo de Áries, que representa impulso, coragem e iniciativa, atributos essenciais num mundo que exige atitude, posicionamento, realização.

Outono é época de renovação. As folhas caem, fertilizam a terra, que se mantém silenciosa para recomeçar o ciclo mais tarde, com novas flores, pássaros, fertilização. Pensando em mudança de ciclos, transformações internas, coragem e renovação, lembrei do Ho ' oponopono. Você já ouviu falar dessa técnica de cura?

O terapeuta Ihaleakala Hew Len experimentou o H oponopono com pacientes criminais do Hospital do Estado do Havaí. O lugar era tão baixo astral que todos os que ali trabalhavam tinham medo de sofrer agressões. O psicólogo não teve contato com os pacientes, apenas estudou cada prontuário médico e começou a fazer um trabalho consigo mesmo, como se a dor de cada pessoa fizesse parte dele também. " Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente, para outros, a medicação foi reduzida e muitos tiveram alta " , conta dr. Len.

A base dessa técnica é simples e baseia-se na premissa de que somos 100% responsáveis pela realidade à nossa volta. Se você assume completa responsabilidade por sua vida, tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta é sua responsabilidade. Ou seja: a vida é da cor que você pinta. Qualquer realidade reflete nosso próprio estado de consciência, é uma projeção do nosso mundo interno e está de acordo com o que temos que aprender naquele momento. O problema, portanto, não está fora, está em nós e, para mudá-lo, temos que mudar a nós mesmos.

Ho ' oponopono, na língua original dos havaianos, significa " corrigir um erro " ou " tornar certo " . Embora não muito conhecido no Brasil, faz parte do sistema de cura desenvolvido pelos kanunas, mais particularmente por Morrnah Nalamaku Simeona, que o ensinou ao dr. Ihaleakala Hew Len. Significa, em essência, amar-se a si mesmo. Se você deseja melhorar sua vida, deve curar primeiro suas próprias mágoas, sua agressividade, os julgamentos negativos que carrega sobre si e sobre os outros.

Sabe o que o dr. Len fazia quando olhava os prontuários dos doentes? Simplesmente repetia interiormente: ' Eu sinto muito, Te amo ' , Me perdoe, Te agradeço. Uma vez após outra. De acordo com o Hoponopono, amar e perdoar a si mesmo e aos demais é a melhor forma de curar as dores do mundo. A cada evento que nos incomoda, podemos perguntar o que em nós está atraindo aquela situação, sabendo que, se somos responsáveis por guardar memórias, também podemos transformá-las.

O universo físico é uma realização dos pensamentos de cada ser humano. Toda realidade externa existe antes como forma-pensamento. Uma mente saudável cria uma realidade amorosa. A técnica do perdão/grati dão pode ser utilizada em qualquer sentimento, situação ou pessoa que nos cause desconforto. O resultado é sempre mais leveza nos relacionamentos.

Nestes tempos de outono, vamos nos renovar. Observar nossa mente e preenchê-la com a harmonia que queremos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Parto normal é bom...

foto: Klarita tirada da net
Com a experiência de quem teve três filhos de forma natural, conto pra você um pouco dessa história, porque acredito na sabedoria da natureza e sei o quanto é bom para a mãe e para a criança nascer da forma mais natural possível.

Cresci cercada de mimos e confortos, sempre seguindo a lei do mínimo esforço. Meus pais me davam tudo o que eu sonhasse, num estalar de dedos. Comecei a trabalhar aos 26 anos, por opção, e não por necessidade. Com esse perfil, imagine, fui casar com um tipo justamente oposto, daqueles que trabalham desde menino e são obrigados a encarar a vida com muita coragem. É o tipo que enfrenta as provas sem reclamar, não se conforma com acomodação e gosta de desafios.

Contagiada por essa filosofia, me convenci que era possível ter nossos filhos da forma mais natural possível. Compramos o livro “Nascer Sorrindo”, de Frederick Leboyer, obstetra francês que usa técnicas inovadoras no parto. O médico enfatizava que a criança no ventre da mãe está envolta em líquido, o que a mantém no escuro durante toda a gestação, quentinha, aconchegada e sem ruídos. O momento do parto é, portanto, extremamente traumático para ela. “De repente, luz, barulho, frio. Esse choque afeta o bebê, deixando seqüelas irreparáveis em sua personalidade”, afirma Leboyer, que propõe silêncio e pouca luz nas salas de parto, para que a adaptação da criança ao meio externo seja lenta e gradual. Tudo com muita suavidade.

Assim foi. Seguimos o método Leboyer ao pé da letra. E posso dizer que nascer dessa forma deve ser mesmo uma bênção. Acho que meus filhos também pensam assim. Os três são saudáveis, cada um recebeu leite do peito até os 18 meses, raramente precisam de médico e demonstram ser pessoas felizes e realizadas.

Apenas a luz de um abajur iluminava o quarto onde nasceu o caçula. Foi no meu próprio quarto que o obstetra Eliezer Berenstein, autor do livro Inteligência Hormonal, me ajudou no parto de cócoras. A criança nasceu com 4,5kg, super saudável. Os dois anteriores não eram tão gordinhos, mas também nasceram de forma normal, como a natureza pede. Minha recuperação sempre foi rápida. No dia seguinte nem parecia que tinha dado à luz. Sempre fiz muitos exercícios, principalmente yoga, e prefiro a alimentação natural. Isso deve ter contribuído, além da força do pensamento, é claro.

A vida geralmente é como percebemos, a gente pinta da cor que quiser e... “querer geralmente é poder”. .. Mas essa é outra história que fica para a próxima vez!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Tudo mudou!!!

Nos últimos 50 anos tivemos mais desenvolvimento inventivo do que toda a história anterior da humanidade. “Aceitando a hipótese de que há aproximadamente 4 mil anos somos homo sapiens sapiens, apenas nas cinco décadas mais recentes acumulamos mais estrutura, conhecimento e intervenção no mundo do que nos 39.950 anos anteriores”, diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, no livro “Não Nascemos Prontos”. Realmente! A quantidade (e a velocidade) das mudanças nos últimos anos é assustadora. Aonde vamos chegar? Parece não haver limites. Logo estaremos visitando outros planetas. Assim como os grandes navegadores iniciaram, há pouco mais de 500 anos, a descoberta de territórios nunca antes imaginados, a ciência e a tecnologia deste século 21 nos levarão a esferas celestes inusitadas.

Nosso Brasil ainda é jovem (abençoado por Deus e bonito por natureza!). Não fomos atingidos tão cruelmente por guerras, problemas climáticos, conflitos internacionais. Talvez por isso mesmo nos falte maturidade em vários níveis.

clip: Her Morning Elegance / Oren Lavie

NÃO TOME ATITUDES MOVIDO PELO FÍGADO!

Uma das frases que mais se ouve atualmente é: “não tenho tempo pra nada”... Por que será que o tempo parece mais curto? O pior é que essa sensação de urgência deixa a gente “à beira de um ataque de nervos”, como naquele filme do diretor de cinema espanhol Pedro Almodóvar, famoso pelos insights visuais e verbais. Falando em insight, você já leu o mais novo jornal eletrônico do Economus, o In Site? Ele vai para o seu e-mail toda segunda-feira, fique ligado!

Voltando à pressa nossa de cada dia, o problema dessa loucura geral é o efeito dominó: temos tantas coisas a fazer num período cada vez menor de tempo que nos percebemos cada vez mais nervosos, ansiosos, neuróticos. E aí passamos a descontar em quem não tem nada a ver com isso, nos filhos, amigos, parceiros... Adianta? Resolve o problema? Como diziam os sábios, “não faça nada movido pelo fígado”. O fígado representa a raiva e as nossas emoções mais primitivas. O cérebro, mesmo parecendo frio demais, é melhor conselheiro do que o fígado, sempre identificado com a ira. Tem gente que é capaz de perder totalmente o controle, movido pela fadiga, a pressa, a pressão. Mas logo passa. Tem aquele que é mal humorado por natureza, o rabujento. Também é fácil reconhecer o lamuriento, que vive a se lamentar da vida, parece o Lipi, aquela hiena do desenho animado, que dizia: “óh dia, óh céus, óh azar, eu sabia que não ia dar certo...”.

Hipócrates, médico grego que viveu seis séculos antes de Cristo, teve um bom insight quando desenvolveu a Teoria dos Temperamentos, classificando os doentes em quatro tipos. Nesta edição apresentamos um deles, o sanguíneo. Depois, falaremos do melancólico, do fleumático e do colérico. Na verdade, todos temos um pouco de cada um desses temperamentos. Atire a primeira pedra quem se acha perfeito e sempre equilibrado...

Você tem FIB? O Butão tem...

Quem diria, heim, o Butão preocupado com FIB! Aquele pequeno país, encravado na Ásia, aos pés da Cordi-lheira do Himalaia, aplica há mais de trinta anos um conceito muito legal, chamado Felicidade Interna Bruta (FIB). Em vez de focar o desenvolvimento apenas no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de riquezas materiais, o Butão valoriza não só o crescimento econômico, mas também as dimensões sociais, ambientais, espirituais e culturais do desenvolvimento.

Um exemplo a ser seguido nestes tempos holísticos, em que há cada vez mais consciência de que a fragmentação nem sempre é o caminho. Não adianta, por exemplo, o especialista tratar apenas a dor de cabeça, esquecendo-se que somos um todo: as emoções e os “programas mentais” influenciam a saúde e muitas vezes são responsáveis até pela baixa imunidade que propicia a invasão de bactérias e vírus. Também é burrice querer extrair o máximo da natureza sem pensar nas consequências a longo prazo. O conforto de hoje pode representar a escassez de amanhã.

É preciso observar a natureza e aprender com ela. Nesta edição temos o exemplo de Butão, que chama a atenção de pensadores e políticos. Estamos vivendo tempos de mudanças, na consciência humana, nos valores e nos fatos, que são reflexos desses novos tempos. Ninguém aguenta mais o estresse, a ambição desenfreada, o lucro a qualquer preço, o individualismo egoísta. Obama não é herói, mas representa um pouco dessa nova visão. Assim como a Felicidade Interna Bruta praticada no Butão. Mudar é preciso!

Tempos modernos exigem nova consciência


Charles Chaplin, inesquecível gênio criativo, mostrou muito bem o homem contemporâneo, dependente de máquinas e botões. No filme Tempos Modernos, ele estava tão mecanizado, que se condicionou e perdeu a noção da realidade. Certo dia, saiu como louco apertando com uma chave de fenda tudo o que via pela frente, até mesmo os botões da blusa de uma mulher.

Os personagens de Chaplin às vezes eram caricaturas, reais e premonitórias. Hoje vemos muitos seres-máquinas por aí, agindo mecanicamente, repetindo padrões e comportamentos.

Talvez por isso nossa Terra esteja tão desgastada. Este planeta, que foi criado para o nosso deleite e aprimoramento, sofre com a falta do cuidado humano, nos pequenos detalhes, no desperdício de recursos, na falta de cuidado com crianças, idosos. Com toda a natureza.

Agir sobre essa realidade nos coloca no contexto das minorias. Não basta alertar, discutir, prestar atenção. Temos que agir para transformar o descaso e isso exige uma nova consciência. O Economus faz a sua parte, mesmo em doses homeopáticas diante da grandiosidade da tarefa. Economia de luz, água, reutilização de materiais,
reciclagem... investimentos responsáveis, ética e transparência nos relacionamentos com clientes, fornecedores, participantes. Essas são algumas metas fundamentais para quem se considera cidadão e luta pelo respeito em todas as esferas.

Nestes tempos modernos, podemos ter tecnologia avançada sem virar uma peça da engrenagem. É essa nova consciência que nos fará compassivos, amorosos e dignos da prosperidade reservada aos filhos da Terra.

Viver... e não ter a vergonha de ser feliz!

(desenho de Pablo Picasso)

Noooossa, tá todo mundo sério! Uma correria danada. O estresse pegando de tudo quanto é lado. Até criança anda estressada, com aulas de judô, balé, informática, natação, inglês, tênis..., no Orkut, MSN, Skype... Conectada, a mil por hora!

Tenha dó, aonde queremos chegar? O mundo não acabou na virada do milênio, nem vai acabar tão cedo, não adianta correr. Tá certo que ainda temos muito a evoluir, mas vamos com calma, sem neuroses. Pra que saber tantas outras coisas se nem aprendemos o mandamento básico: amar o próximo como amamos a nós mesmos?

Outro dia ouvi alguém dizer: nunca desvalorize ninguém. Guarde cada pessoa perto do seu coração porque um dia você pode perceber que perdeu um diamante enquanto estava muito ocupado colecionando pedras!

Vamos representar bem nosso papel neste palco da vida. Uma hora estamos em crise, noutra tudo flui maravilhosamente. Assim também é com nossa família, com os amigos, com o país, com o mundo. Os ciclos vão e vem, uma hora é luz, outra é sombra. Vamos apenas fazer a nossa parte, de preferência superar os limites e as expectativas, mas sem muita neura. A paz começa com cada um de nós. E a paz é o maior bem que podemos desejar.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Sobre Cigarras e Formigas

Sobre cigarras e formigas

“Se fosse a fábula da cigarra e da formiga, o Economus certamente estaria no grupo dos que trabalhavam e deixavam a cantoria para os outros”. Esta é a abertura da matéria publicada na revista Investidor Institucional deste mês de novembro, que traz uma análise do atual Diretor Superintendente, Paulo Julião, sobre a estratégia de investimentos adotada nos últimos anos que trouxe recentemente equilíbrio atuarial ao plano de benefícios do Economus.

A fábula da cigarra e da formiga nos remete a conceitos de equilíbrio e de tempo, entre outras coisas. Enquanto a cigarra cantava, a formiga só trabalhava. Quando chegou o inverno, a cigarra estava com frio, mas não tinha se preocupado em construir um abrigo. De outro lado, a formiga, no seu trabalho incessante, havia juntado mantimentos para passar bem durante toda a estação fria.
Assim é nossa vida. O eterno deus cronos, da mitologia grega, está sempre quietinho a esperar o momento de nos devolver a colheita que plantamos. Aquele “senhor do tempo”, que deu origem à palavra cronologia, no entanto, não admite indiferença. Se passarmos a vida simplesmente a “cantar”, sem pensar no futuro, teremos que prestar contas a nós mesmos, em forma de privações e menos possibilidades de prazer.

Claro que estamos falando em metáforas. Como ensinaram Aristóteles e Buda, o caminho do meio é sempre o melhor. Cantar também é saudável, mas é preciso planejar o dia de amanhã. Prazer e responsabilidade, na justa medida. Um futuro saudável depende de ações responsáveis (e prazeirosas também) no presente.

O que você quer ser quando crescer?

“Tempo rei, transformai as velhas formas do viver. Ensinai-me, oh Pai, o que eu, ainda não sei”...

Numa de suas mais lindas canções, “Tempo Rei”, o compositor Gilberto Gil pede ao Pai eterno que nos ensine os mistérios desta vida, que só entendemos através das experiências (e dores) que o tempo proporciona.

Tem gente, parece, que já nasceu sabendo. Encurta caminhos, assimila mais rapidamente as lições, aprende rápido com as experiências. Para outros, como o crescimento demora! São necessárias muuuuitas “cabeçadas”, e mesmo assim a impressão é que a “ficha não cai”... Todos nós, no entanto, somos lapidados pelo tempo, não dá pra fugir disso. Temos que crescer, na marra. Mais cedo ou mais tarde, a pedra bruta que vai recebendo o toque paciente do velho ourives transforma-se num diamante. Esse é o destino da raça humana: evoluir, aperfeiçoar-se, “transformar as velhas formas do viver”, receber os golpes da lapidação e revelar a jóia escondida.

Até chegar nessa percepção, no entanto, há um longo caminho a percorrer, não tem jeito. Mas esse é o objetivo implícito no mistério da vida, não é mesmo? Caminhar, cair, aprender, levantar, perceber, crescer. O preparo deve começar logo. Quanto mais cedo, mais fortalecidos estaremos para a jornada. Quem conhece os mapas, sabe reconhecer os atalhos. Existem alguns, nem sempre facilmente visíveis. É preciso olhar com profundidade, discernir, saber que temos mais a fazer do que ganhar dinheiro e pagar contas.

Filósofos e mestres alertam que somos seres sensíveis, cobertos por pesados envoltórios. Para “descascar” as várias camadas de ego, enganos e ilusões, existem muitos instrumentos de bordo: o conhecimento que se obtém com os estudos é um deles. Por isso, é útil, aprender, prestar atenção, absorver o máximo de informações. Outras ferramentas imprescindíveis são os relacionamentos. Cuidar das nossas relações colabora para o crescimento, principalmente no campo emocional. Aprender a se relacionar sempre torna o caminho mais fácil, mais leve. Ah! Não se pode esquecer também do corpo e da atenção aos cuidados que ele merece, pois se trata de um grande aliado no processo de auto-realização.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Contentamento é a chave de ouro

Questionado sobre qual seria a fonte da eterna juventude, o professor de yoga Shotaro Shimada, 80 anos, disse que a chave de ouro é o “contentamento”. “Praticar o contentamento é fundamental para a paz interior e a saúde do corpo e da mente”, afirmou com uma autoridade serena de quem pratica exatamente o que fala.

Shimada é um ser que emana tranquilidade e felicidade constante. Admirado por muita gente neste Brasil, já exaltava os poderes do yoga nos anos 60, 70, 80... em programas da antiga TV Tupi e em outras emissoras. Professor há exatos 50 anos, na mesma sala da avenida Consolação, ensina jovens, maduros e “bem maduros”. Um de seus alunos, por exemplo, tem nada menos que 93 anos, comemorados em plena sala de aula, e o mais interessante é que começou a praticar yoga com 82 anos! Prova de que não há idade para investirmos em nossa saúde.

Saúde para o professor é respeitar o equilíbrio do corpo e observar sempre os exemplos que a natureza nos dá. Há décadas, ele acorda religiosamente às 5h30 e faz posturas e pranayamas (respirações) como preparo para a meditação, objetivo real dessa prática. Parece ter sáude de ferro e flexibilidade de criança. “A patologia é o desrespeito à fisiologia. Devemos comer o suficiente, nem mais nem menos; dormir o suficiente, exercitar o corpo e praticar a constante presença em tudo o que fazemos”, diz sempre. No início de cada aula, Shimada lembra os alunos de que é necessário estar “com a mente presente” em cada movimento. “Não adianta realizar posturas mirabolantes de forma mecânica, com a cabeça distante, cheia de pensamentos. O efeito não é o mesmo. O yoga é simples e exige concentração em cada movimento, colocar a mente e energia em tudo o que estivermos fazendo. Assim, os resultados físicos e mentais dos exercícios são mais eficazes, a respiração se acalma, há mais alegria interior”, assegura.

Já faz um tempo que o Mestre Shimada está com a agenda lotada. Atualmente, também dá aulas na USP e no curso de pós-graduação da FMU. Faz palestras em todo o Brasil e já esteve na ìndia, visitando o Kaivalyadhama - Yoga Institute, em Lonavla, onde são realizadas pesquisas científicas sobre os efeitos do yoga na saúde. Recentemente lançou o livro “A Ioga do Mestre e do Aprendiz - Lições de uma Vida Simples para a Plenitude”, escrito pelo jornalista Wagner Carelli.

Haja fôlego! Como se vê, a idade pode ser a manifestação da mais simples (e prática) sabedoria!

Você tem educação?

Educar vem do latim “educare”, que significa trazer à consciência um conhecimento latente, o potencial que deve (ou não) se transformar em “ato”, dependendo do estímulo, da motivação, do paciente trabalho de conscientização, capaz de despertar o que já está no interior de cada ser, nossa ilimitada capacidade de aprendizado e expansão.

A maioria de nós não tem esse tipo de “educação”. Escolas e famílias, com a melhor das intenções, acabam por nos adestrar, domesticar, reprimir, entupir de conceitos, regras e informações, mas não educar, de fato. Educação é algo mais profundo, construído aos poucos. Por fazer parte do reino da consciência, torna-se permanente, perpetua-se, fica impregnado, potência e ato, pensamento e ação para toda a vida.

O conhecimento verdadeiro é diferente do simples acúmulo de informações, porque é extraído como ouro no garimpo, vem do âmago, após a limpeza de camadas de condicionamentos e ignorância. No geral, temos mais informação do que educação propriamente dita. Às vezes, parecemos apenas um banco de dados, repletos de registros, mas com dificuldades para inovar, transformar, criar, adquirir novas percepções e “insights” a partir desse conhecimento acumulado. Paradigmas paralisam!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O mundo externo é nosso reflexo

"O que é imperfeito será perfeito; o que é vazio, será cheio; onde há falta haverá abundância; quando algo se dissolve, algo nasce!" Tao Te Ching: 22.

Os 81 aforismos (sentenças morais) do sábio chinês Lao Tsé, expressos no Tao Te Ching há cerca de 2.600 anos, são bem atuais e aplicáveis ao nosso dia a dia. Tao Te Ching pode ser traduzido como "O Caminho que leva à Divindade", algo propício para delinear um início de ano. Afinal, é prudente ter humildade e reconhecer a grandeza do Universo que nos acolhe e, como reflexo dessa humildade, reconsiderar certos comportamentos típicos de quem esquece que está aqui na Terra provisoriamente...

Arrogância, vaidade, preconceito, violência, destruição, medo, falta de fé! Essa sombra que nos acompanha está em toda parte, para denunciar o quanto temos que aprender sobre nossa própria capacidade. "As emoções negativas governam o mundo. Para mudar o destino do ser humano é preciso mudar sua psicologia, seu sistema de convicções e crenças. É preciso extirpar de seu âmago a tirania de uma mentalidade conflituosa. A doença mais temida do planeta não é o câncer nem a aids, mas o pensamento conflituoso do homem", diz o economista Stefano Elio D'Anna, reitor da ESE - European School of Economics, no livro A Escola dos Deuses.

Quem é íntegro, pratica a reflexão e acredita na vitória já é um vencedor. Uma nova percepção é fundamental para este ser humano tecnológico que ainda não aprendeu a amar e a acreditar que a transformação do mundo começa dentro de si mesmo, e que não há o que temer quando caminhamos guiados pela consciência divina que em nós habita. Neste 2009, sejamos a paz, a sabedoria e o amor que queremos no mundo, como ensinou Mahatma Gandhi. E tudo nos será dado em acréscimo...