segunda-feira, 30 de março de 2009

Ho ' oponopono


Começou, dia 20 de março, uma nova estação e um novo ciclo zodiacal. O equinócio de outono (hemisfério sul) marca a entrada do signo de Áries, que representa impulso, coragem e iniciativa, atributos essenciais num mundo que exige atitude, posicionamento, realização.

Outono é época de renovação. As folhas caem, fertilizam a terra, que se mantém silenciosa para recomeçar o ciclo mais tarde, com novas flores, pássaros, fertilização. Pensando em mudança de ciclos, transformações internas, coragem e renovação, lembrei do Ho ' oponopono. Você já ouviu falar dessa técnica de cura?

O terapeuta Ihaleakala Hew Len experimentou o H oponopono com pacientes criminais do Hospital do Estado do Havaí. O lugar era tão baixo astral que todos os que ali trabalhavam tinham medo de sofrer agressões. O psicólogo não teve contato com os pacientes, apenas estudou cada prontuário médico e começou a fazer um trabalho consigo mesmo, como se a dor de cada pessoa fizesse parte dele também. " Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente, para outros, a medicação foi reduzida e muitos tiveram alta " , conta dr. Len.

A base dessa técnica é simples e baseia-se na premissa de que somos 100% responsáveis pela realidade à nossa volta. Se você assume completa responsabilidade por sua vida, tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta é sua responsabilidade. Ou seja: a vida é da cor que você pinta. Qualquer realidade reflete nosso próprio estado de consciência, é uma projeção do nosso mundo interno e está de acordo com o que temos que aprender naquele momento. O problema, portanto, não está fora, está em nós e, para mudá-lo, temos que mudar a nós mesmos.

Ho ' oponopono, na língua original dos havaianos, significa " corrigir um erro " ou " tornar certo " . Embora não muito conhecido no Brasil, faz parte do sistema de cura desenvolvido pelos kanunas, mais particularmente por Morrnah Nalamaku Simeona, que o ensinou ao dr. Ihaleakala Hew Len. Significa, em essência, amar-se a si mesmo. Se você deseja melhorar sua vida, deve curar primeiro suas próprias mágoas, sua agressividade, os julgamentos negativos que carrega sobre si e sobre os outros.

Sabe o que o dr. Len fazia quando olhava os prontuários dos doentes? Simplesmente repetia interiormente: ' Eu sinto muito, Te amo ' , Me perdoe, Te agradeço. Uma vez após outra. De acordo com o Hoponopono, amar e perdoar a si mesmo e aos demais é a melhor forma de curar as dores do mundo. A cada evento que nos incomoda, podemos perguntar o que em nós está atraindo aquela situação, sabendo que, se somos responsáveis por guardar memórias, também podemos transformá-las.

O universo físico é uma realização dos pensamentos de cada ser humano. Toda realidade externa existe antes como forma-pensamento. Uma mente saudável cria uma realidade amorosa. A técnica do perdão/grati dão pode ser utilizada em qualquer sentimento, situação ou pessoa que nos cause desconforto. O resultado é sempre mais leveza nos relacionamentos.

Nestes tempos de outono, vamos nos renovar. Observar nossa mente e preenchê-la com a harmonia que queremos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Parto normal é bom...

foto: Klarita tirada da net
Com a experiência de quem teve três filhos de forma natural, conto pra você um pouco dessa história, porque acredito na sabedoria da natureza e sei o quanto é bom para a mãe e para a criança nascer da forma mais natural possível.

Cresci cercada de mimos e confortos, sempre seguindo a lei do mínimo esforço. Meus pais me davam tudo o que eu sonhasse, num estalar de dedos. Comecei a trabalhar aos 26 anos, por opção, e não por necessidade. Com esse perfil, imagine, fui casar com um tipo justamente oposto, daqueles que trabalham desde menino e são obrigados a encarar a vida com muita coragem. É o tipo que enfrenta as provas sem reclamar, não se conforma com acomodação e gosta de desafios.

Contagiada por essa filosofia, me convenci que era possível ter nossos filhos da forma mais natural possível. Compramos o livro “Nascer Sorrindo”, de Frederick Leboyer, obstetra francês que usa técnicas inovadoras no parto. O médico enfatizava que a criança no ventre da mãe está envolta em líquido, o que a mantém no escuro durante toda a gestação, quentinha, aconchegada e sem ruídos. O momento do parto é, portanto, extremamente traumático para ela. “De repente, luz, barulho, frio. Esse choque afeta o bebê, deixando seqüelas irreparáveis em sua personalidade”, afirma Leboyer, que propõe silêncio e pouca luz nas salas de parto, para que a adaptação da criança ao meio externo seja lenta e gradual. Tudo com muita suavidade.

Assim foi. Seguimos o método Leboyer ao pé da letra. E posso dizer que nascer dessa forma deve ser mesmo uma bênção. Acho que meus filhos também pensam assim. Os três são saudáveis, cada um recebeu leite do peito até os 18 meses, raramente precisam de médico e demonstram ser pessoas felizes e realizadas.

Apenas a luz de um abajur iluminava o quarto onde nasceu o caçula. Foi no meu próprio quarto que o obstetra Eliezer Berenstein, autor do livro Inteligência Hormonal, me ajudou no parto de cócoras. A criança nasceu com 4,5kg, super saudável. Os dois anteriores não eram tão gordinhos, mas também nasceram de forma normal, como a natureza pede. Minha recuperação sempre foi rápida. No dia seguinte nem parecia que tinha dado à luz. Sempre fiz muitos exercícios, principalmente yoga, e prefiro a alimentação natural. Isso deve ter contribuído, além da força do pensamento, é claro.

A vida geralmente é como percebemos, a gente pinta da cor que quiser e... “querer geralmente é poder”. .. Mas essa é outra história que fica para a próxima vez!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Tudo mudou!!!

Nos últimos 50 anos tivemos mais desenvolvimento inventivo do que toda a história anterior da humanidade. “Aceitando a hipótese de que há aproximadamente 4 mil anos somos homo sapiens sapiens, apenas nas cinco décadas mais recentes acumulamos mais estrutura, conhecimento e intervenção no mundo do que nos 39.950 anos anteriores”, diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, no livro “Não Nascemos Prontos”. Realmente! A quantidade (e a velocidade) das mudanças nos últimos anos é assustadora. Aonde vamos chegar? Parece não haver limites. Logo estaremos visitando outros planetas. Assim como os grandes navegadores iniciaram, há pouco mais de 500 anos, a descoberta de territórios nunca antes imaginados, a ciência e a tecnologia deste século 21 nos levarão a esferas celestes inusitadas.

Nosso Brasil ainda é jovem (abençoado por Deus e bonito por natureza!). Não fomos atingidos tão cruelmente por guerras, problemas climáticos, conflitos internacionais. Talvez por isso mesmo nos falte maturidade em vários níveis.

clip: Her Morning Elegance / Oren Lavie

NÃO TOME ATITUDES MOVIDO PELO FÍGADO!

Uma das frases que mais se ouve atualmente é: “não tenho tempo pra nada”... Por que será que o tempo parece mais curto? O pior é que essa sensação de urgência deixa a gente “à beira de um ataque de nervos”, como naquele filme do diretor de cinema espanhol Pedro Almodóvar, famoso pelos insights visuais e verbais. Falando em insight, você já leu o mais novo jornal eletrônico do Economus, o In Site? Ele vai para o seu e-mail toda segunda-feira, fique ligado!

Voltando à pressa nossa de cada dia, o problema dessa loucura geral é o efeito dominó: temos tantas coisas a fazer num período cada vez menor de tempo que nos percebemos cada vez mais nervosos, ansiosos, neuróticos. E aí passamos a descontar em quem não tem nada a ver com isso, nos filhos, amigos, parceiros... Adianta? Resolve o problema? Como diziam os sábios, “não faça nada movido pelo fígado”. O fígado representa a raiva e as nossas emoções mais primitivas. O cérebro, mesmo parecendo frio demais, é melhor conselheiro do que o fígado, sempre identificado com a ira. Tem gente que é capaz de perder totalmente o controle, movido pela fadiga, a pressa, a pressão. Mas logo passa. Tem aquele que é mal humorado por natureza, o rabujento. Também é fácil reconhecer o lamuriento, que vive a se lamentar da vida, parece o Lipi, aquela hiena do desenho animado, que dizia: “óh dia, óh céus, óh azar, eu sabia que não ia dar certo...”.

Hipócrates, médico grego que viveu seis séculos antes de Cristo, teve um bom insight quando desenvolveu a Teoria dos Temperamentos, classificando os doentes em quatro tipos. Nesta edição apresentamos um deles, o sanguíneo. Depois, falaremos do melancólico, do fleumático e do colérico. Na verdade, todos temos um pouco de cada um desses temperamentos. Atire a primeira pedra quem se acha perfeito e sempre equilibrado...

Você tem FIB? O Butão tem...

Quem diria, heim, o Butão preocupado com FIB! Aquele pequeno país, encravado na Ásia, aos pés da Cordi-lheira do Himalaia, aplica há mais de trinta anos um conceito muito legal, chamado Felicidade Interna Bruta (FIB). Em vez de focar o desenvolvimento apenas no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de riquezas materiais, o Butão valoriza não só o crescimento econômico, mas também as dimensões sociais, ambientais, espirituais e culturais do desenvolvimento.

Um exemplo a ser seguido nestes tempos holísticos, em que há cada vez mais consciência de que a fragmentação nem sempre é o caminho. Não adianta, por exemplo, o especialista tratar apenas a dor de cabeça, esquecendo-se que somos um todo: as emoções e os “programas mentais” influenciam a saúde e muitas vezes são responsáveis até pela baixa imunidade que propicia a invasão de bactérias e vírus. Também é burrice querer extrair o máximo da natureza sem pensar nas consequências a longo prazo. O conforto de hoje pode representar a escassez de amanhã.

É preciso observar a natureza e aprender com ela. Nesta edição temos o exemplo de Butão, que chama a atenção de pensadores e políticos. Estamos vivendo tempos de mudanças, na consciência humana, nos valores e nos fatos, que são reflexos desses novos tempos. Ninguém aguenta mais o estresse, a ambição desenfreada, o lucro a qualquer preço, o individualismo egoísta. Obama não é herói, mas representa um pouco dessa nova visão. Assim como a Felicidade Interna Bruta praticada no Butão. Mudar é preciso!

Tempos modernos exigem nova consciência


Charles Chaplin, inesquecível gênio criativo, mostrou muito bem o homem contemporâneo, dependente de máquinas e botões. No filme Tempos Modernos, ele estava tão mecanizado, que se condicionou e perdeu a noção da realidade. Certo dia, saiu como louco apertando com uma chave de fenda tudo o que via pela frente, até mesmo os botões da blusa de uma mulher.

Os personagens de Chaplin às vezes eram caricaturas, reais e premonitórias. Hoje vemos muitos seres-máquinas por aí, agindo mecanicamente, repetindo padrões e comportamentos.

Talvez por isso nossa Terra esteja tão desgastada. Este planeta, que foi criado para o nosso deleite e aprimoramento, sofre com a falta do cuidado humano, nos pequenos detalhes, no desperdício de recursos, na falta de cuidado com crianças, idosos. Com toda a natureza.

Agir sobre essa realidade nos coloca no contexto das minorias. Não basta alertar, discutir, prestar atenção. Temos que agir para transformar o descaso e isso exige uma nova consciência. O Economus faz a sua parte, mesmo em doses homeopáticas diante da grandiosidade da tarefa. Economia de luz, água, reutilização de materiais,
reciclagem... investimentos responsáveis, ética e transparência nos relacionamentos com clientes, fornecedores, participantes. Essas são algumas metas fundamentais para quem se considera cidadão e luta pelo respeito em todas as esferas.

Nestes tempos modernos, podemos ter tecnologia avançada sem virar uma peça da engrenagem. É essa nova consciência que nos fará compassivos, amorosos e dignos da prosperidade reservada aos filhos da Terra.

Viver... e não ter a vergonha de ser feliz!

(desenho de Pablo Picasso)

Noooossa, tá todo mundo sério! Uma correria danada. O estresse pegando de tudo quanto é lado. Até criança anda estressada, com aulas de judô, balé, informática, natação, inglês, tênis..., no Orkut, MSN, Skype... Conectada, a mil por hora!

Tenha dó, aonde queremos chegar? O mundo não acabou na virada do milênio, nem vai acabar tão cedo, não adianta correr. Tá certo que ainda temos muito a evoluir, mas vamos com calma, sem neuroses. Pra que saber tantas outras coisas se nem aprendemos o mandamento básico: amar o próximo como amamos a nós mesmos?

Outro dia ouvi alguém dizer: nunca desvalorize ninguém. Guarde cada pessoa perto do seu coração porque um dia você pode perceber que perdeu um diamante enquanto estava muito ocupado colecionando pedras!

Vamos representar bem nosso papel neste palco da vida. Uma hora estamos em crise, noutra tudo flui maravilhosamente. Assim também é com nossa família, com os amigos, com o país, com o mundo. Os ciclos vão e vem, uma hora é luz, outra é sombra. Vamos apenas fazer a nossa parte, de preferência superar os limites e as expectativas, mas sem muita neura. A paz começa com cada um de nós. E a paz é o maior bem que podemos desejar.