segunda-feira, 4 de maio de 2009

TRABALHO: Tortura ou prazer?

Dia das mães, dos pais, das crianças, da sogra, da avó. Dia do trabalho. Todas as datas anteriores não teriam sentido se não houvesse a renda paga ao trabalhador, que alimenta o comércio,
sempre sedento de novas datas para faturar. A maioria da população, no entanto, não conhece a etimologia da palavra "trabalho", mas todos achariam natural se soubessem que ela está ligada a uma forma antiga de tortura.
O termo vem do latim tripalium, instrumento romano formado por três estacas cravadas no chão, onde eram torturados os escravos. Daí derivou-se o verbo tripaliare, que significava torturar alguém no tripalium. Pouco a pouco esse instrumento cedeu lugar aos terríveis dispositivos inventados pela Inquisição.
Vão-se os objetos, ficam as palavras: no século 12 o termo ingressou nas línguas românicas: trabalho (Portugal), travail (França), trabajo (Espanha), travaglio (Itália, para se referir ao trabalho de parto). E em todas essas línguas o significado abstrato era de "tormento, agonia, sofrimento".
A partir do Renascimento, o vocábulo adquiriu também o atual sentido de atividade, exercício profissional. No entanto, apesar das comemorações internacionais, como o Dia do Trabalho,
ou da famosa frase " o trabalho dignifica o homem", o termo jamais perdeu a primitiva ligação com dor e sofrimento.
Mesmo com toda essa visão fortemente arraigada no inconsciente coletivo, mesmo com as associações sombrias e pejorativas ligadas ao trabalho ao longo dos séculos, é possível darmos outro sentido quando tomamos consciência de que podemos trabalhar com prazer.
Mude seu "pré-conceito" em relação ao trabalho.
Trabalhar não precisa ser algo chato, difícil, cansativo. Pode ser, sim divertido, criativo e transformador!

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