Vou contar aqui uma história bem legal
Era uma vez uma moça, toda transcendental
Vivia feliz, esotérica, mesmo na poluição
Mas uma "fumaça" enevoou seu coração...
Ela disseminava um sorriso sempre aberto
Mostrava que 2 e 2 são cinco, isto que é certo
Mas nossa fada cheia de alegria e energia
Sentia algo no coração que a compungia
Era algo que minava suas forças, sua alegria
Mal sabia nossa heroína o mal que a afligia
Como uma bateria nunca perecível
Mantinha o sorriso, nosso combustível
E assim entristecia por dentro nossa heroína
Com uma alegria visível, que era sua sina
Mas não há mal que sempre permaneça
Nem bem que nunca pereça
Um dia nossa amiga entrou em quarentena
Tirou a fumaça da sua vida, tirou de cena
E como Deus escreve certo, mas torto
Lá foi nossa fada morar no fundo do horto
Vive hoje toda feliz, toda presepeira
Lá no alto, no Alto da Cantareira
Amiga dos macacos e do mato
Ama o verde e ama no regato
Esta nossa linda heroína
Mostra que sua sintonia é fina
Deu exemplo para quem anda pra baixo
É só levantar a cabeça e esfriá-la no riacho
Esta nossa amiga fez aniversário
Dia 21, dia feliz no calendário
Mas o grande presente ela já se deu
Foi morar com a natureza, o que não se perdeu
O que está em cima é igual o que está embaixo
Adota esse ditado, muito bom, eu acho
Isso não esquece, guardou em registro
Tirou de um guru, um tal de Trismegistus
Mora hoje no fundo da floresta
Mas abre para a gente a sua fresta
Não me leve mal, a fresta da felicidade
Prega o bem, prega a igualdade
Esta é a nossa querida maga
Rosana Feliz da vida, isso que é bacana
Feliz aniversário, ó nossa Deusa do bem
Abra seus braços para seus discípulos, amém!
Washington Araújo, jornalista, membro da Comissão Técnica Nacional de Comunicação da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar)
2 comentários:
Belas palavras do moço poeta!
Adorei!
Gi
Pois é, menina do mato que desmata, corta e rala, se rala, levanta, desdobra e canta, encanta.., vive, luta, chora, ri, sorri para a vida e da vida faz um sorrir.. menina que não gosta de conceitos, que se esforça por desbravá-los, mas busca na imagem o seu dom, para que a sílaba perfeita salte e expresse a métrica de sua vida no seu próprio pensar, que é anterior a tradução requerida para a sílaba falada.., moça que procura montar frases entre palavras que escorregam, fogem, escapam de um texto formado, formatado, ou de uma existência comandada..
Para alguns, a nota canta, para outros, a sílaba encanta, como para essa menina, a sílaba põe em movimento o seu conjunto, no qual essa moça não pode ser distinguida, separada ou mesmo unida, aquilo que ela já é não pode ser tirado, nem posto, menina docente, corretora da alegria, nascida na cidade, mas é junto às arvores pinheirais que ela revigora até os ancestrais.
Qualquer poesia que se faça da moça é metapoesia - é a poética da poesia. Parabéns menina!
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