quarta-feira, 22 de abril de 2009

Poema do meu amigo

Vou contar aqui uma história bem legal

Era uma vez uma moça, toda transcendental

Vivia feliz, esotérica, mesmo na poluição

Mas uma "fumaça" enevoou seu coração...


Ela disseminava um sorriso sempre aberto

Mostrava que 2 e 2 são cinco, isto que é certo

Mas nossa fada cheia de alegria e energia

Sentia algo no coração que a compungia


Era algo que minava suas forças, sua alegria

Mal sabia nossa heroína o mal que a afligia

Como uma bateria nunca perecível

Mantinha o sorriso, nosso combustível


E assim entristecia por dentro nossa heroína

Com uma alegria visível, que era sua sina

Mas não há mal que sempre permaneça

Nem bem que nunca pereça


Um dia nossa amiga entrou em quarentena

Tirou a fumaça da sua vida, tirou de cena

E como Deus escreve certo, mas torto

Lá foi nossa fada morar no fundo do horto


Vive hoje toda feliz, toda presepeira

Lá no alto, no Alto da Cantareira

Amiga dos macacos e do mato

Ama o verde e ama no regato


Esta nossa linda heroína

Mostra que sua sintonia é fina

Deu exemplo para quem anda pra baixo

É só levantar a cabeça e esfriá-la no riacho


Esta nossa amiga fez aniversário

Dia 21, dia feliz no calendário

Mas o grande presente ela já se deu

Foi morar com a natureza, o que não se perdeu


O que está em cima é igual o que está embaixo

Adota esse ditado, muito bom, eu acho

Isso não esquece, guardou em registro

Tirou de um guru, um tal de Trismegistus


Mora hoje no fundo da floresta

Mas abre para a gente a sua fresta

Não me leve mal, a fresta da felicidade

Prega o bem, prega a igualdade


Esta é a nossa querida maga

Rosana Feliz da vida, isso que é bacana

Feliz aniversário, ó nossa Deusa do bem

Abra seus braços para seus discípulos, amém!


Washington Araújo, jornalista, membro da Comissão Técnica Nacional de Comunicação da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar)

2 comentários:

Gisele Freire disse...

Belas palavras do moço poeta!
Adorei!
Gi

L. Fiscina disse...

Pois é, menina do mato que desmata, corta e rala, se rala, levanta, desdobra e canta, encanta.., vive, luta, chora, ri, sorri para a vida e da vida faz um sorrir.. menina que não gosta de conceitos, que se esforça por desbravá-los, mas busca na imagem o seu dom, para que a sílaba perfeita salte e expresse a métrica de sua vida no seu próprio pensar, que é anterior a tradução requerida para a sílaba falada.., moça que procura montar frases entre palavras que escorregam, fogem, escapam de um texto formado, formatado, ou de uma existência comandada..
Para alguns, a nota canta, para outros, a sílaba encanta, como para essa menina, a sílaba põe em movimento o seu conjunto, no qual essa moça não pode ser distinguida, separada ou mesmo unida, aquilo que ela já é não pode ser tirado, nem posto, menina docente, corretora da alegria, nascida na cidade, mas é junto às arvores pinheirais que ela revigora até os ancestrais.

Qualquer poesia que se faça da moça é metapoesia - é a poética da poesia. Parabéns menina!